terça-feira, maio 29, 2007

terrible twos

Pois a modos que é assim. Este mau feitio faz amanhã dois aninhos, já anda, já controi frases, já sobe às cadeiras e já diz algumas verdades. Ultimamente menos activo mas tal se prende única e exclusivamente com o facto de ter deixado de ver as notícias. Chegou aquele ponto em que tanta estupidez já faz mal e ultrapassa o nível do passível de ser exorcisado pelo sarcasmo, pela ironia e pela piada.

De qualquer forma esta coisa do blog tem tido piada. Sobretudo no que diz respeito à rede de maldizentes que facilmente se junta para falar, mexer e atirar pensamentos ao ar.

Um em jeito de balanço. A avaliar pelo "sitemeter" a maior parte da malta que lê esta coisa fá-lo durante a semana de trabalho... quando deviam estar a trabalhar...

uhm... Eu também não acredito em horários de trabalho. Sanidade mental a quanto obrigas!

the true story

O caso do Prof. Charrua, merece uma descodificação. A verdadeira história não é a que se ventila mas sim a que se segue. Prof Charrua está farto de trabalho de gabinete, de aturar a chefa, de não ser deputado, de não ter relevância política. Percebeu há muito que neste país é preciso estar no lugar certo à hora certa com os amigos certos da côr certa (comentário político e não racista). Ciente da animosidade da chefa perante a sua pessoa contrata um bufo e inventa uma piada que (segundo se sabe mas se esconde) nem teve nada a ver com o curso independente do Zézito. Paga ao bufo para bufar arredondando os cantos à história e adicionando pormenores relacionados com tom de voz e expressão corporal. Como previsto a chefa atira-lhe com um processo disciplinar e na mesma noite viola-lhe o computador para apagar todos os e-mails de declarado amor não correspondido que ao longo dos anos poderiam facilmente gerar um processo de assédio sexual. No dia seguinte prof. Charrua vê o seu lugar de 19 anos cair. E, como previsto põe a boca no trombone e espera que a Imprensa faça o resto.

Tudo corre bem, tem protagonismo, a opinião pública anda entretida com esta coisa, toda a gente se ri, a chefa passa por maluquinha, toda a gente fala em liberdade de expressão, censura e perseguição, bem ao modo da velha senhora.

O processo será obviamente arquivado, por falta de conteúdo. Prof. Charrua gasta uns cobres e instaura um processo à chefa e ainda vai ganhar uns dinheiros de indemnização. Entretanto aparece na biblioteca do Carolina Michaelis uma vez por semana só para ver os títulos dos jornais, goza de umas férias, livrou-se dos decotes e mini-saias da chefa e ganhou protagonismo. Em breve está numa lista de deputado suplente e em breve de novo na AR.

Quanto ao bufo, fez o que lhe competia; bufou onde e quando era preciso.

terça-feira, maio 22, 2007

Falta de jeito -VI


Conto - XXX

houve um tempo em que Ela lhe oferecia CD's;
houve um tempo em que lhe oferecia camisas;
houve um tempo em que lhe oferecia sonhos reflectidos

ouve o tempo... tic tic tic,

houve um tempo em que ainda ouvia os tac's.

quarta-feira, maio 16, 2007

Pérola!

Avó, avô, filha, neta de 6 meses e puto de três anos sentam-se numa esplanada.

A mãe das crianças fica para trás e mal a família se senta na esplanada, o puto irritante (de três anos) pede uma água com gás. Pede não pede, pede não pede, chega a mãezinha. - Não podes beber água com gás isso é só para os adultos.

Mãe ausenta-se deixando os filhos com os avós. Dez segundos passados os avós pedem uma água com gás para a criancinha. Dois minutos depois a criança está, não só, a beber a sua água com gás como a água do biberon da irmã. Levanta-se senta-se, corre senta-se, abre o guarda-sol fecha o guarda-sol, arrasta a cadeira levana a mesa. A avó já estado de semi desespero resolve apelar à sua vasta experiência pedagógica para sossegar a criancinha:
- Está sossegado. Não viste na televisão? Aquela menina de três anos que foi roubada aos pais? Tinha a tua idade, na mesma três anos! E levaram-na quando estava dormir no quartinho dela! Vês com a mesma idade que tu...!


A beleza não necessita ser comentada... a estupidez em estado bruto também não!

segunda-feira, maio 14, 2007

Noddy - esse grande Português

Há bem pouco tempo existia uma loja/bazar em Viseu que, para além de vender plantas, pastéis, cadernos de duas linhas e gelados Fá, teve até há bem pouco tempo na sua montra, devidamente expostos para venda, imagens de Nossa Senhora, bolas de futebol de plástico verde e branco e dois bustos escala 1:1 de Salazar pintados à mão (e até aposto que na rádio que se faz ouvir no interior do estabelecimento, a Renascênça, se ouve o fado, fechando-se assim o quadrado regulador de todo o estado novo).

Até aqui nada de especial (?) mas eis que o insólito acontece. Recentemente os bustos de Salazar desapareceram, talvez a onda grandes portugueses tenha despoletado (à semelhança das editoras) um novo boom de vendas de artigos relacionados com a "velha senhora". O estranho é que, substituindo os belos bustos, surgem quadros do Noddy. Estará um Noddy ao nível de Salazar (em termos de trimbe de voz, talvez) ou já estrá Salazar ao nível do Noddy?

segunda-feira, maio 07, 2007

A escalada

>Ignorante
>Ignorante cheio se si
>Ignorante cheio de si com um título
>Ignorante cheio de si com um título e com uma cunha
>Ignorante cheio de si com um título, com uma cunha, num lugar de poder

>Umbiguista
>Umbiguista rodeado de lacaios ainda mais medíocres
>Umbiguista rodeado de lacaios ainda mais medíocres a quem cria dificuldades para vender favores
>Umbiguista/autista

>Autista com mais poder, posto fixo, multiplos tachos, com fuga ao fisco, outros crimes e providências cautelares a serem resolvidas por amigos ou familiares.
>Autista no poder rodeado de lacaios medíocres todos eles com poder.

Lema em forma de irritante aliteração!

Condescendência - nem com a ascendência nem com a descendência.

quarta-feira, maio 02, 2007

Conto - XXIX

Saíu como quem não ía voltar. Ainda disse alguma coisa com o bater da porta. Ele não ouviu, Ela não voltou.