terça-feira, novembro 07, 2006

Nem sempre o progresso é aquilo que parece!

Sexta feira - hora de almoço

Deambulo pela sempre velha praça dos Leões - Porto e arrisco almoçar no Progresso, mítico café mesmo ao virar da esquina. Volto lá após sete anos de ausência. O primeiro impacto é de choque. Menus rápidos, candeeiros novos, empregadas uniformizadas de aparelho electrónico na mão a registar os pedidos, chão limpo... Confesso: estive quase para chorar perante aquela modernidade toda... Reajo! Sobreponho-me à minha incapacidade para olhar profundamente. São as cadeiras que ainda rangem, os velhinhos que lêem o jornal, o estofo do banco roto, o mesmo óleo nos fritos, a mãe prostituta e a filha prostituta que vêm tomar o pequeno almoço, o estudante com mania de artista que se senta e pede uma salada, as velhinhas que esperam pelo horário de visita do Santo António. Só a roupa é diferente, aliás como sempre... só a roupa é diferente!

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