quarta-feira, julho 23, 2008

Pensamento para férias

O melhor dos teus superiores é uma merda!*

* #$& sem vaselina e com areia

quinta-feira, julho 10, 2008

perguntas

Esta coisa da biografia do Zézito tem cá um cheiro estranho... não é mofo... nem naftalina...
será campanha? Para quando as faixas com o retrato, nas escolas e nas repartições públicas...?

Dir-me-ão que o livro não foi autorizado, mas terá sido apenas golpe da editora? Vai-se a ver e ainda se descobrem contribuições estranhas em campanhas...

E para quando o calendário de parede com posteres para todos os meses do ano? Estilo calendário de camionista. Aqui vão sugestões para os posteres:

PM corre de barrete de Pai Natal (Dezembro)
PM em discussão acesa sobre OE (Novembro)
PM de pullover de losangulos em magusto (Outubro)
PM volta bronzeado e aparece jogando ténis (Setembro)
PM de calções de banho e caçadeira às costas fazendo safari (Agosto)
PM no debate da nação com expressão irónica (Julho)
PM padrinho da marcha de Alfama (Junho)
PM na Islândia foge a 1º de Maio (Maio)
PM dança tango com líder da oposição com cravo na boca (Abril)
PM leva coroa de flores para o parlamento (Março)
PM desenha postal de S. Valentim com maracdores fluorescentes enquanto Ana Drago discursa (Fevereiro)
PM dança em comboínho "meu amigo Charlie" durante passagem de ano (Janeiro)

WC 2 XXXVII

Se chegaste ao topo sem esforço, então a sanita é o teu mundo.

quinta-feira, junho 26, 2008

Conto - XXXIII

O "Achtung Baby" em vinil e uma edição nova da "Insustentável leveza do ser" debaixo do braço, uma ligação sem fios à Rede no bolso das calças e Saiu.

terça-feira, junho 24, 2008

Obrigado

Srs. da UCI Cinema: Obrigado por atenderem ao pedido de mover a única fita de "Blade Runner" que adquiriram para o norte do País. A população agradece! Já agora mantenham-na mais quinze dias pelo menos para ver se lá consigo ir. Com os melhores cumprimentos

Um não comsumidor de comédias românticas da treta

quarta-feira, junho 18, 2008

Le(s)ma

O cérebro é algo energeticamente dispendioso. Logo vejas que não o usas, livra-te dele!

sexta-feira, junho 13, 2008

Portugal- Rep. Checa

Depois de assistir ao jogo via TVi lanço aqui o meu apelo: Srs da TVi não se importam de acrescentar à alta definição a capacidade de se aniquilar o comentador mantendo-se o o ruído do estádio? Muito agradecido!

oops!

O nosso PR foi mal compreendido quando se referiu ao "dia da raça", ele na realidade queria referir-se ao "dia da traça", uma referência clara ao cheiro a naftalina dos fatos da maior parte dos condecorados me medalhas e ordens e coisas assim. Aliás, desculpando-se numa rádio (que se quer manter anónima porque fictícia), terá admitido "fortes problemas de micção" quando o que na realidade queria dizer era "fortes problemas de dicção".

segunda-feira, junho 09, 2008

Conto - XXXIV

Ou tinha namorado ou andava a anti-depressivos

quinta-feira, junho 05, 2008

Ano(u)s

Este blog anda tão mal que nem se deu conta do seu terceiro aniversário no passado dia 31. Parabéns a ele próprio! A verdade é que até isso é mais um sintoma de totalitarismo que este país começa a sentir.

Quando as "elites intelectuais" se vendem por lugares de poder e/ou projecção
Quando as massas são aculturadas
Quando os jovens só podem escolher entre um mau ensino e um muito mau
Quando a imprensa não quer beliscar a suposta área do regime
Quando a imprensa não informa mas sim deforma
Quando o regime usa com sucesso a política do "pão e circo"
Quando até os discursos mais inflamados são menosprezados porque se sabe caem na gaveta
Quando a justiça se mede am anos e em euros

Volta Orwell estás perdoado!

segunda-feira, maio 26, 2008

Dilema

Família endividada resolve colocar casa à venda pois não tem forma de pagar o crédito. Afixa na janela da sala cartaz da imobiliária que vai tentar vender a casa. Deverá esta família colocar uma bandeira nacional na mesma janela?

segunda-feira, maio 19, 2008

É meu!

Este tempo de silêncio prendeu-se com um dilema moral, vir ou não aqui chamar a mim a responsabilidade do incidente do cigarro no avião fretado para a Venezuela. A verdade é que o maço era meu, Zézito há mais de seis meses que não pegava num cigarro, nem nos dias de debate parlamentar. O maço que ele tinha escondido na mochila por entre os calções da ginástica e a capa do Ivan Lendl, não era dele era meu. É certo que o comprámos a meias no quiosque junto ao liceu, mas era meu! E nada se teria passado se a hospedeira de bordo não tivesse às tantas chegado ao pé de mim e dito "O sr. desculpe mas não se importa de dizer ao Sr. PM que já cheira a ganza no trem de aterragem?!" e foi aí que lhe passei o cigarro para que umas fumaças de SG ventil disfarçassem o cheiro. Se problemas causei ao país daquí as minhas sinceras desculpas!

quarta-feira, maio 07, 2008

terça-feira, maio 06, 2008

Carta Aberta a UCI - cinemas

Exmos Srs da UCI - cinemas.

Correm os boatos que a exibição do filme Blade Runner, Director's Cut só será exibido nas vossas salas do El Corte Inglês em Lisboa. Não creio que seja a vossa preocupação com o lucro que vos impede de o exibir nas vossas salas do Arrábida Shopping, já que tanta e variada porcaria tem corrido por aqueles ecrâs. Espero sinceramente que à falta de outras distribuidoras capazes de se assumirem como um serviço aos verdadeiros cinéfilos e não apenas àqueles da cultura da pipoca, se destaquem e tornem Portugal num país de todos.

Agradecido pelo tempo dispensado e aguardando ansiosamente uma acção no sentido proposto

Eutodososdias

AnTeVisão i

Esta noite, Lurdecas vai estar na TVi para ser entrevistada pela Constança. Como era minha obrigação lá preparei as perguntas e até as respostas, aquela da Constança se atravessar e dizer que a Lurdecas não respondeu à pergunta não estava no programa mas são os percalços de quem trabalha com a TVi. Adiante. Fiquei pois indignado com o cenário! O que é aquilo?! Jupiter atrás da Lurdes, aquele grande olho vermelho pairando, acusador, inquisitivo, vigilante, sobre os ombros da Ministra! Não gostei! Aliás, acho mal que a moda pegue e passem a usar imagens de qualidade em cenários televisivos. Vá lá, vá lá, voltem lá aos cenários do Taveira que esses não acusavam ninguém (eram apenas feios).

segunda-feira, maio 05, 2008

WC 2 XXXVI

A vida é um WC que só se abre por fora!

quinta-feira, maio 01, 2008

Num mundo ideal!

Em resposta à pergunta "qual a diferença entre Ela e o Eng. Sócrates?"
MFL sorri, ri-se e depois de se dizer espantada com a pergunta e que as diferenças lhe parecem óbvias, retorna ao tom sério e responde: "Uma coisa lhe posso garantir nunca me verá a fazer xixi de pé"

Nota: já se vê a influência do meu plano de marketing - a leve maquilhagem, a luz de cima e o sorriso quasi-natural. Quem é um bom profissional quem é?!

Conto - XXXIV

Amor:
Ele casou-se para lhe fazer a vontade, Ela divorciou-se para lhe fazer a vontade.

uma geração para dar trabalho aos psicólogos

Ao ver o último programa da Maria Elisa sobre a geração X (bom título para série de BD), ficquei com a ideia dessa tal geração, apesar de todas as condicionantes, ser um bocado deprimida. E reflectindo um bocado creio ter descoberto a razão, senão vejamos:

A Heidi era orfã e vivia com o avô
O Conan, o rapaz do futuro era orfão e vivia com o avô
O Jacky e a Nuca eram orfãos e viviam com os índios
O Marco andava sozinho à procura da mãe
O Bel e Sebastião idem
O Tom Sawyer era orfão e viva com a tia Polly
A Bana e o Flapi eram orfãos e tinham sido criados por uma gata

e depois destas influências querem uma geração saudável? Bendita violência dos Power rangers!

segunda-feira, abril 28, 2008

é difícil ser jovem...

Sócrates de acordo com Cavaco Silva sobre necessidade de aproximar os jovens à política

Pois bem, Nini e Zézito (dupla vénia) têm razão, os jovens não querem saber da política mas as causas desta situação não se prendem com aquelas que o nosso PR (vénia) apontou. A verdade é que isso é uma coisa de mercado. Enquanto havia vagas para tachos e posições cómodas com pouco esforço, os jovens gostavam muito da política. Filiavam-se nas jotas, manipulavam coleguinhas de liceu nas associações de estudantes com o apoio das respectivas concelhias, faziam fraudes nas contas das associações das faculdades com o apoio das distritias, organizavam a distribuição de bandeiras e canetas em periodo de campanha e num saltito eram jovens autarcas, mais tarde homens do aparelho, deputados, ministros, ex-ministros e finalmente gestores públicos. O que é preciso é relembrar aos jovens de hoje esta possibilidade de carreira:

Jovem, se tens a quarta classe, fazes ditados com menos de vinte erros mesmo usando o corrector ortográfico, não gostas de te esforçar, tens apetências de mediocridade e não tens jeito para dirigente desportivo, vem para a política. Faz da exploração do próximo uma carreira em vez de um part-time!

Nota: Se pensas que a política serve para servir os outros, andas a ler livros a mais, pede um portátil e liga-te à net!

26 de Abril

E quantos puderam/quiseram escolher ser livres?

Conto - XXXIII

Quando Ele olhava para as suas idiossincrasias nunca via uma pessoa!

quinta-feira, abril 24, 2008

Seremos todos cubanos

Nunca fui bom a avaliar as intenções das pessoas mas parece-me inequívoco que Albert John Garden nunca será Primeiro Ministro de Portugal, nem que tenha consigo todas as bases do Partido. Logo, a ser eleito líder do PSD será para servir de carne para canhão nas próximas legislativas (ou até mesmo servir de homem bala, dado o seu cariz carnavaleiro/circense). Tendo este como pronto de partida porque estão alguns líderes das distritais a apoiar Jardim? Quererão estes afastar Jardim das vitórias politicas e esperar com isso libertar o partido dos dissabores que lhe tem proporcionado, ou estarão alguns deles a perfilar-se para o governo madeirense? Cheira-me a esturro, tem cuidado Albert John!

É , contudo, uma ideia divertida imaginar o Tio Alberto como PM de Portugal. Em breve seríamos o Off-Shore da Europa, com festas populares todos os quinze dias e viadutos a ligar a Torre na Serra da Estrela, o pico Ruivo e o Pico. Já Jardim deixaria crescer a Barba e usaria um boné de pala verde guerra. Se isto for avante tonar-me-ei accionista do Canal Parlamento, onde prevejo umas sessões parlamentares muito animadas sempre que o PM aparecer!

terça-feira, abril 22, 2008

LFM 2 MFL

Esta sucessão no PPD/PSD tem nome de aplicação informática de conversão de ficheiros. Aliás todo este processo tem redundâncias. Vejamos apenas os últimos tempos: A liderança do PPD/PSD estava nas mãos de LMM que perde directas para LFM que por ação de JPP entre outros sai para dar lugar a MFL. É pouco imaginativo, sejamos sinceros. Entretanto entram novas/velhas personagens como PPC que se perfila para as eleições de 2013 caso MFL perca em 2009.

Choveram nos últimos dias e-mails e telefonemas para que eu, ETD, me candidatasse à liderança do partido, mas como LFM também eu tenho o direito ao nojo e não tenho pretensões de estar no meio daquela gente, já me basta ter sido convidado para liderar a campanha de marketing que irá converter MFL numa Angelina Jolie com pulso de ferro.

A primeira medida será aparecer na grande entrevista da Judite (nota mental: preparar as perguntas para a Judite fazer à Nela) vestindo uns calções à Tomb Raider e a respectiva trança caída, claro está, sobre o lado direito.
A segunda medida será enviar a Nela para o Pais rural adoptar uma criança.
A terceira será ensiná-la a sorrir. Se um dos pontos a pegar para derrotar p Zézito vai ser o seu autoritarismo então a pose dura e inflexível que nos habituámos a ver não resultará com as massas.

Nota final: Esta crise no PSD não é só reflexo da crise no PSD mas sim da crise no Governo e no PS de José Sócrates. Se estes estivessem de saúde a vitória nas próximas legislativas seria certa e nenhum dos barões do PSD teria feito a pressão para eleger novo líder, esperariam apenas pela rotunda derrota em 2009 e teriam o problema naturalmente resovido... assim vai o país... a patinar!

sexta-feira, abril 18, 2008

É uma injustiça cumprir a lei!

Um dia destes fui almoçar a uma pastelaria que serve (servia) almoços. Sítio conhecido e em que a relação qualidade/preço é (era) muito simpática. Ao sentar-me a senhora que me costumava servir pregunta-me: "Vem almoçar?... ah pois sabe ... é que tivemos um problmea com a ASAE e já não servimos almoços"

Pois, e lá tive eu de procurar tasco onde paguei muito mais e comi bem pior.

Mas não é esta a questão. Está implementada a noção pública que a ASAE comete injustiças ou que de outra forma alguem afirmaria sem complexos a um cliente/consumidor que teve de fechar a cozinha porque não cumpria com os requesitos básicos de higiene!? Já ninguém areditará que a acção da ASAE é importante e essencial.

Está mal! De novo: mesmo quando somos competentes somos incompetentes.

Mais uma prova que Fidel morreu!

Cubanos poderão em breve viajar para o estrangeiro sem autorizações especiais

quinta-feira, abril 17, 2008

Put your hands in the air and wave them like you just don't care


A visita do Papa aos "states" começa bem e mostra como estes encontros são bem preparados. Quem esteve atento, como eu, reparou que mais importante que o sorriso de Bush e da Laurita era os sapatos vermelhos de Sua Santidade. Procurei um significado divino, procurei uma razão protocolar para tal facto mas quando a minha ignorância parecia levar a melhor finalmente percebi: o Papa estava a tentar imiscuir-se na cultura americana usando um dos seus ícones, a Dorothy do Feiticeiro de Oz, também ela usava sapatos vermelhos e percorrendo a "yellow brick road" se fazia acompanhar por personagens bem estranhos. Genial. O Papa está lá!

Existe, contudo uma vantagem extra nesta cor de calçado: a condição mimética do mesmo em relação ao tapete vermelho, o Papa parece flutuar qual Cristo sobre a água! Genial. O Papa está lá!

Ou como diriam os americanos do norte (mas não tão a norte que se confundam com canadianos) "Pope's in da house"

Uma entrada sobre o acordo ortográfico

Uma postagem sobre o entrosamento ortografico

pág. 887 do teletexto

Há empregos de sonho. Há, contudo alguns que comportam sofrimento excruciante. Vou pois falar do martírio não recompensado de quem faz a legendagem no teletexto do concurso "Quem quer ser milionário?" A actividade já não é muito estimulante, mas pensar no seu propósito poderá atenuar as coisas. Ainda assim legendar as tiradas inúteis do Jorge Gabriel deve ser uma coisa de fazer ganhar o céu. Em vez de legendar um documentário, um telejornal ou mesmo o "Portugal no coração" não, o triste deste funcionário tem de ouvir ou ler e escrever, os apartes despropositados e desinteressantes do JG. Ele há vidas difíceis.


P.S: Sugestão de vingança: Aquando da descrição escrita de eventos sonoros, e.g. APLAUSOS, poderia sempre acrescentar-se "JG arrota" ou "JG larga-se fortemente" isso sim era entretenimento paralelo.

quinta-feira, abril 10, 2008

A riqueza do universo infantil sintetiza a realidade

Jorge Coelho sai da política

De olhos vermelhos, de pêlo branquinho
aos saltos bem altos eu sou um coelhinho

Comi uma cenoura com casca e com tudo
ela era assim tão grande que eu fiquei um barrigudo

Aos saltos para frente, aos saltos para trás
eu sou um coelhinho que de tudo sou capaz

Eu também quero

PCP denuncia que metade das empresas do PSI-20 é gerida por ex-governantes

Partindo do princípio que os privados querem o melhor para eles próprios e tendo em conta que esses tais governantes quando estiveram no poder não foram capazes de dar a volta a isto, e que certamente não foi o exercício do poder que a posteriori lhes conferiu uma competência e genialidade nunca antes vista, qual será então a mais valia que os privados lhes reconhecem?
A imagem de marca?
A barba sempre por fazer?
O garante que nunca farão nada para mudar o que está bem ou o que está mal nas ditas empresas?


... uhm... não me ocorre mais nada, nomeadamente a verdade!

terça-feira, abril 08, 2008

WC 2 XXXVI

Não há como uma diarreia explosiva para te lembrar da verdade das coisas

segunda-feira, março 31, 2008

o governo tem razões que só o espírito pré-eleitoralista conhece

Esta coisa de sobe impostos, baixa impostos, promete que baixa, não baixa quando deve, baixa quando parece que sim, sem se saber bem porquê, é estranha. Mais estranho é o facto de se pensar que baixar impostos é bom e aumentar é mau! O portuguesinho ainda não percebeu que não é quanto se paga que interessa, é o que se recebe em troca! De que vale pagar poucos impostos se pouco se recebe em troca. Estradas pagam-se portagens, Saúde (quando há) pagam-se taxas moderadoras, Ensino (quando há) pagam-se propinas (não tão baixas quanto isso), justiça (paga-se e bem já não falando no que se paga em perdas de tempo). Nem tudo é mau mas sempre que avaliarmos os impostos que pagamos tentemos avaliar o que eles pagam. Na Suécia, país com impostos severos, pelo menos recebem algo em troca e o que recebem é com qualidade. Nós por cá continuamos a tentar ter dinheiro para podermos usar a saúde privada, a educação privada, os serviços privados e assim garatirmos alguma qualidade de vida.

Assim vamos lá tentar introduzir o conceito de ratio (razão): o que entra a dividir pelo que sai, os impostos pagos a dividir pelo que se recebe, isso sim é uma boa medida do uso dos nossos impostos!

Quando a mim se o Governo tinha margem de manobra para aliviar as contas deveria era ter pago o que deve que já não é tão pouco quanto isso, claro está que isso não enchia as páginsa dos jornais nem dava direito a entrevistas em horário nobre a ministros e outros que tal! Os jogos já começaram!

sexta-feira, março 28, 2008

quinta-feira, março 27, 2008

Bonjour mes enfants

Aula nº 25:
Sumário: Stora irrita-se com a utilização de telemóvel. Stora apreende telemóvel. Stora tenta preservar telemóvel apesar das agressões de teenager com o dobro do tamanho e alimentada a MacDonalds. Workshop de realização de curtas metragens.

A verdade é todo este caso se centra num telemóvel, mas não naquele de que toda a gente fala, a causa está no telémovel que filmou. Não fosse este último continuaríamos felizes e contentes com a mesma violência e desautoridade nas escolas (coisa antiga). Ora felizmente para o sistema (palavra bonita esta, usada para definir "coisas") havia 22 câmeras na sala de aula e um puto com ganas de Spike Lee.

Com tanta polêmica em instalar cameras de video vigilânica em sitios problemáticos das cidades, o problema ficou naturalmente resolvido através do mercado de telemóveis. Uma câmera por cidadão!

Agora qualquer aluno que queira afrontar o professor terá de primeiro se certificar que instala o terror nos coleguinhas da sala de aula garantindo assim que nenhum o filma. O mais certo será retirar todos os telémóveis aos coleguinhas. Lá chegará o tempo em que serão os alunos a exigir a ausência de telémoveis na sala de aula para que possam humilhar os professores à vontade. Ficará assim resolvido a razão da supra referida querela. É o sistema (outra vez) a auto-regular-se!

terça-feira, março 25, 2008

Violência nas escolas é um problema que vem de fora, diz secretário de Estado

Querido Valter:

Posso dizer-te honestamente que pudesses tu ler o meu pensamento e encontrarias dezenas de razões para me instaurares processos judiciais sob pretexto de injúria e difamação. Com os melhores cumprimentos.

Será que os nossos governantes têm os filhinhos no sistema de ensino público? Tenho sérias dúvidas

quinta-feira, março 20, 2008

futuro certo

Nove em cada dez cursos adoptaram Bolonha

Notícia em 20/03/2018
Nove em cada dez licenciados são iletrados

serviço público

De todas as asneiras que leio algumas são bastante comuns entre professores (todo o tipo de professores, dos licenciados aos doutorados) Algumas pérolas:
"hadem"
"estivestes"
"tênhamos"
"haviam (muitas coisas a fazer)"
"caiem"

e mais, muitas mais.

Uma das referências que se usa na aprendizagem da escrita é a distinção entre a letra "c" e a letra "q".

Para denominar esta última tenho ouvido alguns dos momentos mais interessantes da pedagogia (deve ser pedagogia ou então arte já que não sei bem o que é!)

"q" de quá quá. A associação ao grasnar não faz sentido! As crianças quando apreendem as sonoridades dos animais ainda não sabem escrever e as que sabem, se não souberem que a palavra se escreve com "q" ficam na mesma. Aliás "quá quá" poderia perfeitamente escrever-se "cuá cuá" não dependendo sequer do tipo de pato!

"q" de perna. Esta, concedo, é eficiente mas antropormofizar uma letra assim, chamando-lhe perneta é um atentado à dignidade da consoante.

"q" de 9. Estas é das piores. O apelo à parecença física (relativa) entre os dois caractéres (nunca sei onde acentuar esta palavra) é triste. Ainda se a relação fosse cabalística mas...*

"q" de quanto. Esta sim é uma boa referência mas ainda assim pressupõe o conhecimento da grafia da palavra "quanto".

A minha sugestão: "q" de "quê?". Não só poderá perfeitamente ser uma resposta às denominaçãoes anteriores como encerra ela mesmo a definição. E neste caso não há qualquer dúvida sobre como escrever a palavra "quê". Excepto em algumas regiões da beira onde se pronuncia "cuê?"


* Como a ignorância é muito atrevida e normalmente ensurdecedora aqui fica uma nota: a referida relação entre o número 9 e a letra "q" talvez seja mesmo de cariz cabalístico ou com proveniência na correspondente gematria. Se formos a ver embora não exista nenhum caracter com a forma de um "q" no hebraico, a correspondência para o grego e em sequência para o cirílico e para o copta vemos um caracter progressivamente mais parecido com o nosso "q" e cujo valor numérico é, pasmem, o 90! Talvez a raiz das figuras "q" e "9" seja a mesma. José Rodrigues dos Santos, pega lá mais uma ideia para pores nos teus best-sellers, cá espero os meus 5% de direitos de autor.

quarta-feira, março 19, 2008

Dia 1 de Abril antecipado

O anúncio televisivo das "Estradas de Portugal".

O nosso futuro ficou mais pobre

Morreu Arthur C. Clarke
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1323084&idCanal=14

segunda-feira, março 17, 2008

e foi assim

É dever de um acessor como moimême ajudar o público a compreender as paravalheiras legislativas do governo. Sobre esta coisa dos piercings.

Conversa entre Deputado do PS (que deseja manter-se anónino) chamemos-lhe (nome falso) Hermenegildo Franco e filha de 14 anos, chamemos-lhe Vanessa.

Vanessa: Mas papá eu já tenho 14 anos e não me podes impedir de ter um piercing no mamilo e outro na língua, aliás já falei com sicrana e vamos as duas.
Hermenegildo Franco: Mas querida, eu dou-te o que quiseres mas não faças um disparate desses, depois arrependes-te e já bem basta o teu irmão achar que quer ser gay!
Vanessa: Não dá papá, o mundo evoluiu e eu quero recuperar os rituais dos nossos ancestrais
Hermenegildo Franco: Espera lá que eu já te digo (não vais poder ir contra o governo e a ASAE)

atenção comité olimpico

Afinal parece que os Jogos Olímpicos de Pequim já começaram. Mas um pouquinho mais para oeste. E com novas modalidades. A reter:

:: arremesso do monge
:: perseguição do monge nas modalidades 100, 200 e 400 metros obstáculos
:: espanca o monge (desporto colectivo - em inglês "spank the monk")
:: luta sino-tibetana (em substituição da tradicional greco-romana)

Conto - XXXII

Nunca lhe perguntaste o que Ela queria, Ela também não to disse, pensava que o seu amor por ti chegava. Temias que Ela tivesse uma resposta concreta e isso te fizesse ver que és tu quem não sabe o que quer!

assim se vê a força do ... partido do governo!!

Zézito organizou mega comício no pavilhão do Académico no Porto. Para mim foi um choque ver que o nosso PM ainda tinha flexibilidade para encher aquele enorme espaço, ali... que cabe um mundo inteiro. Pelo menos é assim que eu vejo aquele pavilhão... pelos olhos de um miúdo de seis anos!

E se não foi um comicio resposta, como todos os ministros, os notáveis e até o "cão de fila aos fins de semana/comentador à semana" do Jorge Coelho se apressaram a notar, então não sei o que foi
É certo que para ter força precisavam de mais cinco ou seis mil pessoas, e fechar a Rua costa Cabral é tão difícil como provocar uma enchente na "papelaria Aranha*" em altura de vendas de manuais escolares. Espero que ná próxima manifestação de regime já entrem os tanques, as chaimites e a infantaria infarpelada em síncrono passo.

A verdade é que Zézito não teve culpa. Os acessores ter-lhe-ão dito: vamos encher um clube desportivo, vamos fechar um avenida de comércio e confluir no Marquês de Pombal! Dito assim e aos ouvidos descuidados, até parece uma coisa em grande! Fosse eu assessor do PM e ter-lhe- ia sugerido antes subir a Rua da Constituição e descer a Latino Coelho com visita à Rua da Alegria, especialmente ao fim da tarde. Aí sim teria um banho de multidão, ou pelo menos acção de entra e sai de carrinha, saltos altos, maquilhagem exagerada e a pronúncia sexy da prostituição na "inbicta" .

Não satisfeito com isto Zézito imiscui-se no banho de multidão da meia maratona. Nas filmagens podia claramente ler-se nos lábios dos seguranças a repetirem ao ouvido de Zèzito. "Isto é tudo para Ti, ó grande Zé, isto é tudo para ti"

última nota: alguns dos apoiantes no comício do PS estavam sob efeito de substâncias psicotrópicas. A título de exemplo o tal homem que ia arrancado o braço à ministra da educação gritando "força ministra, força ministra". Não lhe arrancou o braço mas arrancou-lhe um sorriso... de dor!


*Papelaria Aranha: papelaria minúscula situada na Rua Costa Cabral. Não sei se ainda existe."

sexta-feira, março 14, 2008

números reais

Governo estima adesão à greve de 5,3 por cento e sindicatos de 70 por cento

É pouca esta diferença de números entre governo e sindicatos. Como é habitual, se apontarmos para o meio talvez acertemos na verdade. O país real não está nem nos que conduzem ferrari nem nos que vivem na rua, está naqueles que andam de autocarro. O país real não está nem nos ministros nem nos desempregados, está no operário fabril a recibos verdes. Temos pois um país a três velocidades. Mas sendo o voto igual para todos porque não se esbate esta diferença? A resposta é simples: nunca os auto-proponentes para o topo vêm do país real!

A alternativa para estes números é nem uns nem outros saberem fazer contas, hipótese nunca a descartar! E sobre isto aqui vai uma pérola tirada de um momento pedagógico: a/2=(1/2)*a^(1/2). Uma opção estética, talvez!

segunda-feira, março 10, 2008

cruzamento inesperado II

+ =



actualidade - III

Foi lindo ver praça do comércio e avenida da liberdade cheias de professores aos gritos... e é nisto que se vê a pouca força que têm os professores... pouca força?! sim! pouca força! Alguma vez foi necessário que os médicos ou os juízes ou os donos das construtoras se manifestassem em tão grande número para fazerem valer as suas posições? pois é!

90.000 é um número impressionante mas se contarmos o número de ministros dos últimos 25 anos - 15 e se suposermos que foi esse o número de vezes que as coisas estiveram para mudar e não o fizeram tal equivale a uma manifestaçãod e 6000 professores por ministro, o que se formos a ver bem não é mais dos que os mobilizados pelo PC. Ou seja: tivesse o país tido a coragem de mudar e o erro da trajectória já se teria corrigido.

A acrescentar o facto de parte substancial destes 90000 ter sido já formada durante estes 25 anos de palhaçada em termos educativos e da consequência que isso necessáriamente traz ao sistema e à fomração das próximas gerações.

Uma coisa concedo: os slogans eram bons. Gostei em particukar de chamar Milu à Lurdecas. Será Sócrates o Timtim?

sexta-feira, março 07, 2008

actualidades - ii

A cena dos profs e da ministra: Só o tempo que tenho gasto a acalmar a Lurdinhas e a fazer-lhe massagens e a gastar frascos de laca para manter o penteado quando o desatino é total... dava para escrever um livro.

Algumas notas soltas (se fossem notas de 500€...):

- Lurdecas disse, em tempos, coisas pouco elogiosas dos profs, algumas bem verdade- onde ela falhou foi no publico alvo: os profs baldas não estão muito importados que lhes apontem o dedo, os outros sentem-se ofendidos, pelo que as acusações falham o alvo

- Nunca vi manifestações desta escala quando em causa estava directamente a qualidade de ensino: "60 mil marcham sobre Lisboa mostrando indignação e revolta pela nojenta classificação que Portugal obteve nos relatórios internacionais sobre o nível da formação académica das suas crianças"

- Uma escola é um matriarcado e não se mexe nos lugares que cada um ocupa à mesa. Ninguém troca a nora com a sogra, ou a namorada do neto com a avó. A nomeação de titulares veio estragar a hora do café na sala dos professores.

- As ideias no papel são boas quando não se vive num país subversivo. Tudo se subverte até mesmo as boas ideias. Assumamos que as ideias do ministério são boas (discutível) e necessárias (indiscutivel). Mesmo assim o sistema tende a autopresevar-se e haverá sempre situações de rídiculo, de injustiça e de prevaricação e fraude. Mesmo que essas situações sejam contornadas e mesmo que os resultados a médio prazo sejam bons, já ninguém acredita neles porque o sistema está farto de gerar "falsos positivos", com os ministérios a serem os primeiros a criar e propagandear essas falsas melhorias, ergo o sistema tende a ficar na mesma.

- Depois de receber telefonema a convidarem-me para mediar a discussão entre profs e ministerio, reflecti, recusei (não gosto de me misturar nem com uns nem com outros e sei que a Lurdecas tem um lugar no seu coração para mim) e ainda assim fiz a seguinte proposta: experimentem dar uma semana de férias a mais a todos os professores e vejam se tudo isto não passa. (não estou a dizer que os profs não gostam de trabalhar... só não estão é já habituados a trabalhar como os outros)


Nota: Vinte anos passaram e o país está na mesma ou pior. Das duas uma ou o(s) governo(s) é(são) maus e a culpa é do povo que os elegeu, ou o(s) governo(s) é(são) bons e a culpa é do povo que não dá mais. Eu assumo a minha cota parte de culpa.


.... está na hora ... está na hora,... já agora trablahem mais nos slogans... são bem fraquinhos

segunda-feira, março 03, 2008

actualidades - parte I

Por aqui tem estado tudo muito calmo. A culpa é da falta de tempo: entre a preparação da entrevista de Zézito na Sic aquando dos três anos de governação, o parecer sobre o empréstimo à CM Lisboa, a preparação dos prós e contras com a ministra da Educação, já para não falar do discurso de Nini apelando à serenidade e a formação da polícia para o "derby" lisboeta, tudo um pouco se passou. Vida de acessor é muito difícil!

Zézito na Sic: Tiveste bem ó Zé. Também a verdade é que os jornalistas limitaram-se a ler as parangonas dos jornais e a avaliar pelo desenrolar da entrevista esses jornais foram o "destak" e o "metro". Ainda assim para um país de origami não estiveste mal. Contiveste o teumaufeitio e foste condescendente com os jornalistas conferindo o tom quase paternalista do "perdoas-lhe Pá que eles não sabem o que dizem".

Empréstimo à CM Lisboa: Lá enviei o meu parecer dizendo que sim, que me parece bem que seja dado o empréstimo à câmara, porque sim e porque sou um dos credores e porque todos deviam ter as mesmas hipótese que o filho do JG, mesmo que isso signifique perpetuar a má gestão, os milhões gastos em acessores como moimême e endividar as gerações seguintes. Aliás, parece-me que já estamos a endividar gerações que já nem vão existir a avaliar pelo aquecimento do planeta... e daí... haverá sempre as baratas, os góticos e os empreiteiros, mas também sei que nenhuma das espécies paga dívidas.

... à suivre... to be continued

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A parvalheira

Nesta nova edição do concurso "Quem quer ser milionário" existe uma nova ajuda: trocar a pergunta.

Sr. Provedor do telespectador da RTP, porque não implementar antes uma ajuda do tipo "trocar o apresentador", é que realmente não há paciência... nem para os comentários nem para a "engonhice".

O Jorge Grabriel até é um bom profissional... dentro do género... mas esforça-se demasiado... Jorge, querido não inventes... quando não sabes nada sobre a pergunta ou sobre a resposta 'tá lá caladito! Bem sei que isso é uma escola, na boa tradição de Eládio Clímaco ou António Sala mas muitas vezes na vida "menos é mais".

A verdade é que o melhor do Jorge Gabriel é a Sónia Araújo.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

um mundo de extremos

Ramos Horta, Nobel da Paz é alvejado ao som de River: The Joni Letters.

Conto - XXXIV

Ela vivera exactamente a mesma situação duas vezes na vida. Em lados opostos contudo. Achou que estivera sempre do lado certo.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Túpido

Esta história é verdadeira e prometo não exagerar nos pormenores nem na adjectivação. Contá-la-ei pois em estilo jornalistico não TVI.

Presidente da Cãmara de uma terrinha bem no centro do País tem uma ideia que, de tão inusitada, se poderá chamar genial: Em torre bem no centro da cidade construir em cada face da mesma um relógio de Sol. Muito bem, fui o primeiro a aplaudir! Ip Ip urra... uma ideia interessante, bonita e pedagógica. Fala com a arquitecta que com uns poucos cliques consegue chegar a um artesão que ainda se dedica a fazer à bela ciência gnomónica. Contacto telefónico e sim senhor faz-se o acordo, visita-se o sítio, esboçam-se ideias, abre-se concurso, adjudica-se a obra e o artesão põe as mãos ao trabalho e elabora minucioso projecto que entrega na câmara. Uma semana depois é chamado à câmara onde fala com a dita arquitecta que lhe explica com desalento que o Presidente não tinha gostado muito do projecto, que não era aquilo que tinha em mente, que julgava que os relógios nas quatro faces seriam todos iguais, que julgava que os relógios seriam iluminados (!?) porque queria, quando passasse lá à noite, poder ver as horas!

Relógios de Sol!
É uma história que comove pela estupidez.
O artesão foi pago pelo trabalho de fazer o projecto. O contribuinte anda a patrocinar a boçalidade deste (e tantos outros) autarca.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Cruzamento inesperado

+ =

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Omeumaufeitio explica: A lei para os outros e a lei para mim

:: O Povo escolhe os seus representantes
:: Os representantes escolhem um governo
:: Os representantes e o governo criam leis e instituições
:: As instituições fazem cumprir a lei
:: O Povo queixa-se dessas instituições
:: O Povo escolhe os mesmos para seus representantes

:: O Povo escolhe os seus representantes (mais ou menos manipulados por demagogia/marketing/"partidismo")
:: Os representantes escolhem um governo
(tipos mais ou menos maus que se não o fossem estavam a ganhar milhões no mundo privado ou mesmo estando a ganhar milhões no mundo privado querem aquecer o Ego e garantir mais milhões num futuro próximo)
:: Os representantes e o governo criam leis (muitas propositadamente dúbias para se poderem contornar a bel-prazer) e instituições (algumas para criar empregos, outras para criar tachos, outras para fazerem andar dois passos para a frente e um para trás)
:: As instituições fazem cumprir a lei (na melhor das hipóteses, mas não como regra)
:: O Povo queixa-se dessas instituições
(o para-militarismo da ASAE tem cumprido e é sõ ver a malta a queixar-se)
:: O Povo escolhe os mesmos para seus representantes (ou escolhe os mesmos, e então não se compreende a esquizofrenia, ou escolhe outros que não façam as instituições cumprir a lei e depois queixa-se que "são todos uma cambada de ladrões e chupistas")

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Na "Dúvida" calavam-se!

Ontem fui ao teatro. A peça era boa os actores também (com excepção de um). Não vou fazer a crítica da peça ou da encenação ou do elenco, vou sim falar da descrição auditiva implementada durante a peça. Já concerteza reparou o caro leitor que em certos programas da TV existe uma aviso para a audio descrição e legendagem no teletexto. Acção louvável que apenas demorou cinquenta anos a concretizar-se. Mas a verdadeira inovação é isto ter sido levado para o teatro por três senhorecas de certa idade com respectivos casacos de pele com cheiro a naftalina que compraram bilhetes em lugares exactamente atrás do meu na dita sala de espectáculos. Para além da exaustiva descrição comentada com opinião de tudo o que se passava qual novela vista em casa de chinelos postos, ainda conseguiram juntar comentários sobre a existência de um mesmo cenário durante toda a peça (talvez imaginassem Eunice Munhoz, papel principal, a fazer revista) e sobre o intervalo, levando um suspiro a acompanhar um "devia ter trazido o crochet".

Ora o teatro que é de raiz um espectáculo popular não poderia ter à entrada da sala umas mordaças para distribuir ao povo dos casacos de pele?!

quarta-feira, janeiro 23, 2008

três meses de demonstração em MHD fazem disto

Quando o "nickname" não o identifica, não é possível ler um texto sem pensar no género do autor ("do autor" não "de autor", estou pois a falar de saber se o "escrevidor" é menino ou menina). Ele há textos que não deixam margem para dúvida, mas ele há outros que ... uhm ... uhm outra vez... talvez menino, talvez menina, talvez menino com um lado feminino bem presente... talvez menina com buço e ombros de nadadora olímpica da URSS...

Quando o tema é entalar o pénis no fecho-eclair, não pode haver dúvidas de que o locutor é macho, ou se o tema é a multitude de formas de jacto cruzado emitidas por pirilau não circuncidado (ou circuncisado), também aqui a certeza é grande. Mas se se fala sobre as inusitadas variações de humor que caracterizam a síndrome pré-menstrual... também aqui se trata de menino... ou se se apresenta aturado estudo sobre coerência em escalas de tempo da ordem das semanas, não haja dúvida, é com certeza homem.

A verdade é que cérebros diferentes escrevem de formas diferentes... e quando homens invadem o estilo de escrita estereotipado das mulheres ou vice-versa, facilmente publicam livros.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

balão de ensaio, petri ou eppendorf?

Orgãos em laboratório

Finalmente uma boa notícia! Em breve poderão fazer o mesmo com cérebros. Só falta convencer a assembleia da républica a encomendar 230 cérebros para pendurar lá nas galerias (estes não seriam para enfeitar). Importa acrescentar que em última análise cada povo tem os dirigentes que merece (a menos que estejam muito distraídos com o futebol e as novelas).

Manter-se-iam claro está os deputados, para que pudessem levantar a mão em caso de votações e para que pudessem segurar o jornal em frente as cérebros mais alheados do país real!

Importa consultar http://www.parlamento.pt/deputados/Deputados_RegistoInteresses.aspx

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Eu sei reconhecer uma boa ideia

Zézito, tu estás lá! 2008 vai ser um grande ano para ti. Finalmente vais mostrar-nos o quão brilhante és. 2008 será o ano das grandes decisões, das inaugurações, do crescimento acima da média europeia, do lançamento de mais computadores e micro-ondas e frigoríficos ao preço da uva-mijona (aqui ficas atrás do major), da ausência de portagens mas da gasolina ao preço da morte e as taxas moderadoras a moderarem os carros dos ministérios e o preço do pão a reflectir a subida do preço dos cereais que agora são usados para fazer biocombustível com subsidios do governo e a poluir exactamente o mesmo que a gasolina. 2008 será um ano brilhante. Mas onde está todo esse brilhantismo?

Ora vejamos: Zézito percebeu bem cedo que teria de haver inaugurações sem dinheiro... uhm... ideia.. é sempre possível inagurar coisa que já existem... basta fecha-las para depois as abrir... xaram! Fecham-se as maternidades, fecham-se as urgências, fecham-se escolas primárias... passa-se um ou dois anos, compra-se uma ou duas máquinas novas, pinta-se umas paredes, colam-se uns poster com o Sr. PM nas salas de espera e eis que no final de 2008 se inauguram quatro maternidadenes, sete urgências e quinze escolas primárias, tudo sem gastar dez mil reis (referência clara ao dia do regicídio).

Tu estás lá ò Zé! Se pudesse votava em ti, felizmente ainda não estamos em tempo de eleições... embora no teu íntimo só penses nisso. Aquele abraço

sábado, janeiro 12, 2008

primeiro post de casa

Todos temos a nossa dose diária recomendada diária de drama (DDRD). Ou a temos e mantemos a sanidade mental ou não a temos e fazemos por a ter e mantemos a nossa sanidade mental. Temos pois vários graus desde os completamente desdramatizados que chegam a desvalorizar tudo para não terem de lidar com o drama às autênticas "drama queens" que inventarão drama onde ele não existe. Como tudo na condição humana este é um espectro contínuo (expressão imbuída de deformação profissional- não explicarei).

A parte interessante é que esta DDRD nem sequer faz parte da receita para sermos mais felizes faz apenas parte do nosso modo de estar e em última análise da nossa própria identidade. É na realidade uma valente seca e consequência de uma dose de realidade (R) e introspecção (I) que regra geral faltam. Recomendar-se-ia sim uma DDRRI.

Com o fim da DDR em 1990 (ou seria 91) resta-nos a DDR das embalagens de cereais...

Vou alí a fazer um bocadinho de drama (para cumprir com a quota de hoje) e já volto.
A frase "fazer a quota de hoje" também nos poderia levar longe. Talvez numa próxima entrada!

quarta-feira, janeiro 09, 2008

sardinha fora de horas

Já todos percebemos que a ASAE anda em força, ou pelo menos é a imagem que nos andam a vender... continuo sem acreditar que esta nova e viçosa ASAE seja imune a subornos e corrupção, contudo a verdade é "eles andem aí".

Há com certeza limites para a acção desta força, sim, porque ASAE é nome de força para-militar.
Não me tirem a bela da sardinha assada na noite de S. João do Porto em plena ribeira a preços exorbitantes. Todos sabemos que o segredo do sabor especial é a sardinha ser assada num fogareiro da década de sessenta logo alí em plena rua à porta do tasco, com a brasa de carvão vegetal e abanador de palhinha. Mas o momento em que tudo muda é o instante de beleza única em que o dono do tasco vira a sardinha e é digno de vê-lo em "slow motion" e porque não ter coragem para o dizer "slow emotion": leva mão direita à cara, fechando polegar e indicador em casamento planeado, entre-abre boca humedecendo lábios, passando a lingua frenética molha os dedos e num movimento rápido e indolor vira a sardinha. Repete a operação tantas vezes quantas as sardinhas.

Dizia-me o homem que me abastece de gasóleo que a vida está muito mal, que o fisco anda aí e que ASAE fecha as coisas por tudo e por nada e que o lucro não dá nem para o automóvel, etc etc, eu tentando fazer a pedagogia do civismo, e ele rematando com esta pérola: "quando todos aldrabavam a gente ainda se ia safando."

sexta-feira, janeiro 04, 2008

e é assim

Resoluções para o novo ano:
:: fechar este blog ou transformá-lo em alguma coisa de útil
:: organizar vidinha
:: arrumar escritório
:: este ano já não deve dar para mais nada


Esta coisa dos balanço s e das resoluções é idiota qb. Já algume mudou alguma coisa de significativo na sua vida por causa destes balanços e resoluções caídas do nada?

Nova resolução para 2008: não fazer resoluções para 2009.

O país lá continua. Devo dizer que esta semana a comida me soube melhor, já se respira nos restaurantes. Obrigado pelas décadas (sim que o hábito generalizado de fumar é coisa recente) de falta de educação!