segunda-feira, janeiro 29, 2007

ainda o borboto

O sim no próximo referendo não poderá acabar no dia do próprio referendo. Bem pelo contrário.
Estou mesmo a ver menina ou senhora chegando a um qualquer hospital deste país, dizendo que quer um IVG, sendo prontamente (quatro ou cinco horas de espera) atendida, para lhe marcarem uma intervenção daí a cinco meses. É claro que ninguém manda a menina ou senhora ir tão tarde ao hospital (mania do Português se deixar prá última hora). A cidadã precavida deveria marcar consulta no Hospital, cinco meses antes do acto desprevenido, avisando o médico de serviço: "Xotor, tou aqui tou a pensar que daqui por uns meses vou engravidar inesperadamente do meu Zé ou do carteiro, e se calhar uma criança a mais lá por casa não está bem! O Xotor pode marcar-me aí uma IVG pra essa altura?"

Por outro lado se a tutela resolver abrir concurso para clínicas particulares com acordos com o estado e a avaliar pela fiscalização, que não existe ou não é facilmente subornavel, que temos em Portugal, talvez aquela coisa "do quem tem dinheiro faz a coisa bem feita quem não tem lixa-se" continue.

Ainda penso que a pergunta devia ser anulada. O nível de desinformação é tal e a capacidade do Português médio interpretar uma pergunta é tão baixo que a maior parte nem sequer alguam vez vai ler a pergunta em causa. Assim proponho o seguinte boletim:

Aquela cena da campanha

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SIM _ NÃO _

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