terça-feira, novembro 08, 2005

E que belo é o dia 26 com o 13º gasto.

O frio a pedir luvas e cachecois, o cheirinho a castanhas assadas, a manta sobre as pernas e uma caneca de chocolate quente, as compras para o Natal,...
a merda das compras para o Natal, o ódio que me despertam as compras para o Natal.
É oficial: a época para as compras para o Natal começa a 1 de Outubro, dia em que as lojas colocam os mesmos produtos ao dobro do preço devidamente assinaladas por um pai Natal gingão pedófilo de rabo à mostra nas montras, secundado por uma árvore verde florescentoirritante com uma musiquinha repititiva-até-à-loucura tocada por um chip que só aguenta oito bits! E claro a insanidade dura até às 23:45 do dia 24 de Dezembro. Altura em que as empregadas das lojas têm de pontapear os últimos clientes broncos e selfcentered dali para fora!
Como é bela a época natalícia! Querer levantar um produto qualquer de uma prateleira de uma grande superfície e encontrar a mão de um outro qualquer co-cliente! Comprar prendas que só nós gostamos para pessoas que só se lembram de nós nesta mesma altura. Gastar rios de dinheiros em inutilidades, meias, luvas e lenços para no ano seguinte repetir tudo outra vez.
Dir-me-ão: "a festa da familia e coisa e tal" Qual festa da familia qual carapuça! "A tia X não se dá com o tio Y, o Tio T não se dá com o sobrinho Z, a avó Q já não controla a flatulência e ninguêm consegue estar ao pé dela, os miudos dos W's são pestes insuportáveis e as sobremesas da S sabem todas ao mesmo mas que ao menos traz alguma coisa, porque a D nem o rabo levanta da mesa para ir buscar um guardanapo!"
Salva-se o bolo-rei e o pão de ló com chocolate quente!

E que belo é o dia 26 com o 13º gasto.

De facto o Natal deveria ser quando o Homem quiser: Nunca!

1 comentário:

Hugo M. disse...

Concordo! Desesperada e absolutamente de acordo!
Ainda eu ando de t-shirt pelas ruas e já tropeço em fileiras de luzes berrantemente coloridas, barbas de pais natais empestes do cheiro ao suor em que agonizam, prateleiras de super-mercado atulhadas de coisas imprestáveis e que me impedem de descobrir o raio do papel higiénico e os cereais.
Sem pré-aviso Barbies e kens e bonecos que se borram e peidam saem do mofo do armazém e saltam para o meio do ecrã apanhando-nos desprevenidos, a meio de um zapping ao desespero.
E tudo, tudo o resto que nos leva até às lagrimas, e a concordar em algo - sim, o Natal é época de emoções fortes.