quarta-feira, julho 25, 2007

Conto - XXXII

Ela já sabia que ele não gostava de relações longas nem de relações curtas.
Ainda não tinha acabado de lhe dizer que morreria em breve de cancro, já ele estava na cama com outra!

A culpa é do "windows"

Cirurgia vascular
Hospital de Beja: doente esperou 18 meses por consulta que não existia

Se calhar o doente também não tinha nada.
Vai a ver-se e esta é uma nova medida de combate à hipocondría!

terça-feira, julho 24, 2007

Protagonismo a quanto obrigas

O gato do Pai de Carolina e Ana Salgado desmente Carolina!

Clap Clap. O nosso PM é o maior! Tu tás lá ó Zé!

Vi de passagem a notícia da entrega de diplomas e respectivos portáteis a alunos que completaram os seus cursos de apredizagem ao longo da vida. E gostei do extracto do discurso de Zézito! Sim é verdade, gostei mesmo e não escrevo isto só porque me chegou um e-mail da directora geral do ensino a intimar-me a alterar estes "posts" sobe pena de um "senão...".

Ouvi pois com agrado Zézito enfatizando a importância da aprendizagem, a importância de o Português aprender e fazê-lo sempre, ao longo da vida!

- Zézito, talvez não saibas mas tocaste no ponto essencial: O Português gosta de aprender não gosta é de ser ensinado!

Quanto aos portáteis ... achei excessivo, julgo que um pacote de bolachas recheadas de chocolate era suficiente (daquelas Príncipe que importamos de nuestros hermanos).

Olha olha afinal já há quem vá na minha ideia

Alunos recrutados
A ideia era mostrar as potencialidades da utilização dos quadros interactivos numa sala de aula. Sentadas em carteiras, cerca de uma dezena de crianças respondiam ao “professor” e faziam os exercícios descritos no quadro, com ajuda do rato ou de uma caneta especial que faz as vezes de giz. Só que para além da sala improvisada no Centro Cultural de Belém havia algo mais encenado. Os “alunos” eram crianças que tinham sido recrutadas por uma agência de casting: a NBP, num trabalho que rendeu 30 euros a cada um, de acordo com o relato feito por um dos miúdos à RTP. “A empresa propôs fazer a apresentação aqui no local para que pudéssemos todos perceber como funcionam [os quadros interactivos]”, explicou a ministra da Educação, sublinhando que esse era um pormenor muito pouco relevante perante o investimento hoje anunciado.

Um Português bem formado por cada sala de aula em 2050!

Investimento de 400 milhões de euros
Plano Tecnológico da Educação prevê um computador em cada sala de aula

Quadros interactivos em metade das salas de aula até 2008

Ok ok. Belo plano, belo esforço!
Mas "just a thought to keep in mind", não esquecer que o objectivo é o de melhorar a aprendizagem... para o governo e para a opinião pública nem sequer é esse o objectivo (mas sim melhorar os resultados, e como bem sabemos há formas bem mais fáceis de fazer isso).

Continuo a achar que um grande resultado era em 2012 termos um aluno interessado por cada sala de aula! Isso sim!
Por outro lado esta dos 400 milhões pode servir para justificar muita coisa. Imaginemos que os resultados melhoram substancialmente (provavelmente devido às usuais formas que recorrem à queda do nível de exigência e aos ajustes estatísticos). Ninguém se sentirá com coragem para afirmar que as melhorias não foram devidas ao investimento de 400 M€! Nem o Zé Povinho.

Eu por mim pegava nesses 400 M€ e dividia-os pelos alunos que fizessem as unidades curriculares (vulgo disciplinas) com aproveitamento. Se meio milhão fizerem todas as disciplinas ainda levam com 800€. Que é uma quantia simpática! É claro que poderíamos atribuir o valor consoante a nota e avaliando factores como ambiente, estatuto socio-económica da familía, condições da escola, evolução de anos anteriores, a qualidade dos professores, condições meteorológicas e nível de ácido alfa-linolênico, ácido eicosapentanóico e ácido docosahexanóico no sangue. Assim teríamos uma atribuição justa do pilim.

Pensem nisso. Bem sei que se esta medida fosse bem sucedida iria pôr os pedagogos de gabinete e os iluminados da treta nas técnicas de aprendizagem no desemprego... mas não há bela sem senão... neste caso tenho sérias dúvidas no "senão"!

quarta-feira, julho 18, 2007

Portugal dos pequeninos de cabeça

O candidato do consenso poderá surgir só depois do Verão
Sectores cavaquistas do PSD deixam cair Marques Mendes da liderança do partido

Que Marques Mendes nunca chegaria a PM, já toda a gente sabia. Não por não vencer eleições, não por não oferecer alternativa ao actual governo, não por não ter as qualidades de liderança necessárias, mas sim por ser baixo! Nunca Portugal terá um PM, baixo, muito feio ou sem uma família mais ou menos usual. O PSD sabe disso e enquanto não vê como estará o actual governo nas próximas eleições (lá depois do verão já saberão) não decide se mantém o pequenito na liderança a encher chouriços e a servir de carne para canhão (no caso das sondagens darem a vitória a Zézito) se escolhem já um líder que ofereça condições para começar já a fazer campanha, governo sombra, oposição e ganhe as próximas legislativas.

Lamento dizer-te Luluzito Marques Mendes mas agora ou daqui por dois anos não tens hipótese. A culpa não é exactamente tua (ainda que pagares aos camaramen para te filmarem de baixo tivesse sido uma boa ideia) mas são as regras do jogo.

Para ler!

http://dn.sapo.pt/2007/07/17/opiniao/os_votos_antonio_costa_enchem_o_esta.html

Só falta comentário a Garcia Pereira.

segunda-feira, julho 16, 2007

Thinking of you Aretha!

Respeito

Respeito pelo trabalho dos outros
Respeito pelas opções dos outros
Respeito pela forma de ver o mundo dos outros
Respeito pela liberdade dos outros

Respeito

Tudo o resto temos, só o respeito...

Dúvidas em dia de chuva

Em Lisboa há muitas solicitações: são as filas para ir para a praia, são as filas para passar o túnel do Marquês, são as filas para o Colombo, são as filas para o estádio Nacional, são as filas para Sintra, são as filas para o parque das Nações. Não há como ir votar!

A bem dizer, Eu que nunca fui ao Colombo, acho que a Autarquia ficou bem na mesma! O que quero dizer é que as condições que não estavam reunidas para um bom funcionamento continuam a não estar reunidas.
Ainda assim para os interessados será engraçado ver que tipo de coligações serão possíveis. Pelo menos o panorama é variado!

Tenho é sérias dúvidas se para a autarquia de Lisboa não deveriam votar todos os Portugueses!

quinta-feira, julho 12, 2007

Conto - XXXI

Ela conseguia fazê-lo sentir-se culpado de tudo, inclusivé da sua própria felicidade. Ela não o sabia mas fazia disso a sua vida!

terça-feira, julho 10, 2007

1+1=?

Ao ler o Público este fim de semana fiquei a saber que a nota média das avaliações em Matemática 12ºano foi positiva. Tal não acontecia há vinte anos.

"Que bom" pensaria o estrangeiro de férias no Algarve, enquanto deita o olhinho às crianças que brincam na praia (piada de sentido dúbio para não ferir susceptibilidades).

Já o Português atento e intelectualmente honesto fica de pé atrás.
Mais ainda quando descobre que a média tinha aumentado 2,5 valores (em 20) desde o ano passado. É fácil perceber que mudanças bruscas como esta só sáo possíveis ou recorrendo à fraude ou alterando radicalmente as regras do jogo. Mas até aqui só fecha os olhos quem quer (tipicamente todos os paizinhos dos meninos em jogo e todos os responsáveis do ensino superior que vêem as suas fileiras/financiamento engrossar por haver maior mercado acima da fronteira virtual do 9.5).

O que me espanta (ou talvez não) é alguem ter a estupidez (inclusivé política) de afirmar que isto se deve às reformas implementadas nos últimos dois anos.

Recomento vivamente, a estas pessoas, a leitura de livros de história recente e não tão recente sobre reformas no sistema de educação e respectivo resultados.

No fundo estamos a chamar aos Irlandeses e aos Finlandeses de burros, já que eles demoraram vinte anos a conseguir alquilo que nós conseguimos em dois! Somos mesmo fixes.

Quando daqui por três anos esses mesmos alunos com 14 ou 15 de média a matemática me chegarem ao terceiro ano do curso superior e continuarem a não saber somar 1+1/4, eu sorrirei e olharei para o lado para confirmar a ordem que virá de cima que com um polegar esticado para o chão me indicará não para reprovar o aluno mas sim para descer a exigência da prova.

Talvez para 1+1!

segunda-feira, julho 09, 2007

Tentativa de piada futebolística

A confirmar-se o boato (falso) da OPA chinesa sobre o Benfica, os novos adeptos benfiquistas poderiam ser apresentados assim:

Sempre a aprender

Um dos mandamentos cruciais para o bom desenpenho do funcionário público é, sem sombra de dúvida, a criação de uma frase desresposabilizadora. Quão melhor for a frase maior a capacidade de se livrar de trabalho, tarefa ou responsabilidade. A última que ouvi foi:

"Isso é referente aos serviços académicos"

Mas existem outras tantas:

"Isso é um problema da junta"

"Não temos contrapartidas da administração central"

"Eu só recebo ordens de fulano de tal..."

"A minha religião não mo permite"

"É um problema de cariz técnico e não burocrático" e claro em consonãncia com a última
"É um problema de cariz burocrático e não técnico"


Depois de pensar um pouco resolvi adoptar a seguinte:

"Tal função está excluída do conjunto de responsabulidades que me foi atribuída aquando do contrato devidamente redigido e publicado em diário da Répública ou da jurisdição que abarca as minhas competências de funcionamento que pouco mais envolvem que cumprir horário, tomar muitos cafés e receber o salário ao fim do mês"

sexta-feira, julho 06, 2007

Concurso

Identifique todas as personagens nesta foto e ganhe uma viagem ao Portugal dos anos oitenta:


















Imagem tirada daqui

I'm Back , I'm back, You know it, really back*

Finalmente de volta. Terminou o retiro. Hoje pela primeira vez em muitos anos tive dois minutos em que pensei: "O que fazer agora? Não tenho nada para fazer..." É claro que foram só dois minutos...

O País continua a rodar, agora com semblante europeu... seis meses de "parece que somos europa". Acho, contudo aquelas acusações de "estarmos seis meses parados em termos de reformas" injustas! Ao menos com a presidência europeia fingimos que fazemos alguma coisa e temos desculpa para não fazer nada mais, se não fosse isso teríamos de arranjar mais fait divers p'ra encher telejornais sem futebol.

Mas voltando ao início deste post. Há muito tempo que não me sentia tão Português... mas também foram só aqueles dois minutitos.

*lembrança de mega êxito de Michael Jackson.