Quinzé passa os primeiros anos de escolaridade a ver passar os autocarros. É sabido que no quarto ano ainda lê juntando as sílabas e as contas de divisão ainda são metafísica. Do 5º ao 9º ano, a vida passa lenta e divertida com negas qb mas com uma passagem automática fornecida pela burocracia da reprovação e pelas estatísticas que vão para a Europa. Quinzé goza de pleno período Guterrista.
Como os papás pensam que a educação é importante, Quinzé avança em piloto automático para o ensino secundário... Onde o crivo seria mais apertado (?). Os pais contudo têm outros planos... querem-no doutor ou engenheiro. Assim para melhorar as suas notas enviam pobre Quinzé , que gostaria de se manter a fumar uns charros e a jogar bilhar o dia todo, para um externato ou colégio particular. Para surpresa de todos e em particular de Quinzé, as notas disparam. Ele próprio começa a desconfiar que está a ficar esperto e que a ganza lhe está, finalmente, a subir à cabeça.
Três anos que passam. Chave de carro na mão e provas nacionais de tanga realizadas. Quinzé não sabe bem o quer para o futuro, mas sabe bem o que não quer: trabalho. Na pública não entrou, o politécnico de Bragança fica longe e os Pais depreciam-no, logo solução à vista bem mais perto de casa: A Universidade Independente. Jóia e propina elevada mas admissão criteriosa (?) e compulsiva!
Anos de borga, bebedeiras, ganza e bilhar. Ao fim de quatro anos fez dez cadeiras, 5 10, 2 11 mais 3 passagens administrativas. Quimzé não vê a luz ao fundo do túnel. Mas eis senão quando as 50 cadeiras que precisava para a licenciatura reduzem-se para 30. Nunca Quinzé tinha feito tanto em tão pouco tempo com tão pouco esforço... um novo recorde pessoal: 20 cadeiras em tempo nenhum!
Mas a vida tem destas coisas... A UnI entra em colapso, perde prestígio, anda pelas bocas do mundo... Tudo parece perdido: tão pouco esforço ao longo da vida afinal não tinha valido a pena... talvez se devesse ter esforçado um pouco mais, para ter mais escolhas, algum brio e contribuir para um País um bocadinho menos medíocre... talvez
Talvez não! Ministro garante processo de equivalências total para Universidades Públicas da mesma área geográfica. Genial! Quinzé leva um terço de licenciatura feito sem esforço para uma das outras Universidades onde julgava nunca poder entrar e quase a meio do percurso.
Quinzé está feliz (mas isso deve-se à ganza e ao alcoól)!
1 comentário:
hihi 1 paiva por dia dá saude e alegria!!!
http://filipa_pi.blogs.sapo.pt/
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