Omeumaufeitiio também é cultura. Omeumafeitio foi ver a exposição de obras de Dali no Palácio do Freixo, patrocínio Caixa Geral de Depósitos.
Palácio bonito mas ainda a precisar de obras.
As obras de Dali com interesse, variadas abordagens e as referências habituais à sua própria mitologia. Tudo correria bem se não fosse as coisas do costume:
Entre as duas turmas de escola secundária com o habitual barulho, comentários idiotas, correrias, "eu fazia isto no primeiro ano", "oh stora oh stora, este ta muita fixe", "obe lá o que respondeste à pergunta o quéque achaste da exposição?", também tínhamos os comentários idiotas das professoras. Em alegre convívio e cavaqueira, combinando cházinhos e reuniões de turma. A juntar a isto as velhotas a ver a exposição e a falar ao telemóvel, as inúteis senhoras que "guardam" a exposição e os usuais encontrões de quem não sabe estar num espaço com mais de três pessoas.
Mas para piorar ainda mais, a incompetência intrínseca de quem não sabe organizar uma exposição (nem que seja de louça das Caldas) (imagino que a CGD).
:: A primeira sala da exposição cheia de obras. Meus amigos, nunca se enche a primeira sala, isso faz com que as pessoas demorem muito tempo nessa sala, ela fique congestionada e claro está isso reflecte-se na entrada de novas pessoas na exposição.
:: A exposição não tinha qualquer ordem cronológica, de estilo, de época, de tipo de suporte, nada.
:: A música de fundo (que mal se ouvida devido ao barulho mas que contribuía ainda mais para o caos). Para quê música de fundo? Uma exposição não é um elevador!
:: As obras em cima umas das outras (literalmente)
:: Esculturas encostadas à parede!!?? Caros organizadores: uma escultura, não sei se já reparam é um objecto tridimensional, não é um quadro, é preciso vêr a escultura de várias perspectivas e uma vez que ver de cima (um espelho resolvia) ou de baixo é difícil ao menos pelos lados era simpático.
:: A legenda das obras deveria conter informação sobre o suporte e a técnica usada
:: Quem fez a legendagem dos textos introdutórios às obras devia tê-los lido. Por duas vezes Mao Tse-Tung, aparece como Mão Tse-Tung. E não, não foi uma adaptação fonética.
A obra merece respeito, o público merece respeito... pelo menos algum público!
sexta-feira, outubro 26, 2007
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