quinta-feira, outubro 25, 2007

Uma pérola meu pequeno gafanhoto, uma pérola!

Eis uma história verídica. Aluna do terceiro ano (leia-se terceira classe) vê, a meio do ano lectivo, o seu professor reformar-se. Professor experiente, todos os alunos gostam muito dele e têm muita pena que se reforme, especialmente porque os acompanhava deste a primeira classe. Reformado o professor, lá vem subtituta.

Rapidamente as coisas começam a correr mal. Seria concerteza uma situação ingrata para esta nova professora mas as dificuldades sucedem-se. Os alunos não gostam, dizem que grita, não impõe respeito, não sabe nada... enfim descontentamento geral. Rapidamente os pais das criancinhas entram em acção. Vem a saber-se que a dita senhora tem um curso de Educação Física e que por dificuldade de emprego no 2º ou 3º ciclos do ensino básico vai parar a uma escola primária (1º ciclo).

Ora se bem me lembro da malta que ia para desporto... regra geral... era malta que ia para desporto porque não tinha sucesso (leia-se tinham sempre negas) a Português e/ou matemática. Por sorte ou pressão dos respectivos pais, lá foram para a faculdade e ao fim de alguns anos saíam com o cursozeco! Dir-me-ão: ai essas generalizações... está bem nem todos eram assim mas a questão é que em nada do processo que levou esta senhora dar aulas de 1º ciclo entrou em conta com a sua possível incompetência e falta de formação em Português e Matemática pelo que a situação que referi é perfeitamente possível (senão a mais provável).

Voltando à história, tanto se mexeram os pais das crinancinhas que a professora foi mudada. Vem novo professor e até agora tudo corre bem.

"Punch line" desta história: A dita professora está agora a dar, na mesma escola no mesmo grau de ensino, aulas na turma de ensino especial! Charan!

Das duas uma ou as crinças não se queixam porque não sabem como ou não podem ou mesmo que se queixem ninguém lhe liga porque são do ensino especial. E quanto a estes pais, desconhecendo ou não da situação anterior desta professora nem se queixam porque provavelmente até se dão por muito contentes por os filhos terem uma professora. Moral da história: se não és bom o suficiente para os "normais" podes sempre dar aulas aos "atrasados"!

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