segunda-feira, outubro 17, 2005
O Paizinho!
Todos sabemos que Papa Bear (Papá Soares) não consegue esconder o sentimento de culpa que carrega por não gostar/admirar intelectualmente o Sonny Bear (Filhote Soares), e como muitos papás na mesma situação tentam compensar... disparatadamente. É aquela coisa do pai fixola, ou do professor porreiraço, ou do funcionário publico muito simpático. Todos querem comprar simpatia infringindo, ou fingindo que quebram algumas regras dando aquela imagem de "Sou mesmo cool, sou mesmo rebelde! A mãe é sempre aquela que leva o jantar aquecido ao filho de castigo sem o Pai saber".
Neste caso o Idiota-com-idade-para-ter-juízo Soares (Papá Soares) infringiu uma das regras mais básicas, não só da democracia (não que isso me choque porque ainda estou à espera dela) mas do respeito e educação por todos os seus concidadãos. De facto o problema está aqui: posso-fazer-tudo-que-me-desculpam Soares (Papá Soares) pensa no seu íntimo que não somos seus concidadãos mas sim seus cidadãos, tão pátria se julga ele.
Ou talvez não passe de um acesso de estupidez espantânea e esporádica, do género "Não te importas de brincar com o meu Joãozinho na escola? É que ele é muito pequenino e não tem ninguém com quem brincar!"
Super-protegido Soares (Filho Soares) terá mesmo dito a Não-dá-uma-para-a-caixa Soares (Papá Soares): "Papá, estou muito triste por o Papá ter dito aos meninos para votarem em mim, todos me chamaram de mariquinhas e filhinho do Papá! Agora ninguém quer brincar comigo! Já bastava vir-me trazer todos os dias de motorista ao colégio e arrumar a minha secretária na fundação, agora também me aperta os atacadores dos sapatos! Eu já tenho 45 anos!"
Se fosse votante em Sintra teria ficado revoltado ao ver alguém agir de forma manipulatória aproveitando um tempo de antena que não deveria ter existido. Será que os Sintrenses são assim tão idiotas..? Não creio. Mas o problema é que alguém achou que sim, não é Mário?
sexta-feira, outubro 14, 2005
Why, Fi, Why?
A rede vai abaixo de minuto a minuto! É impossível escre...
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quinta-feira, outubro 13, 2005
Crítica para usar e deitar fora!
No país dos estrunfes dos PALOP
Portugal vai ter porta especial nos aeroportos para cidadãos da CPLP
Josézito já terá afirmado: "Será uma porta pequenina... pequeninah, como aquelas da Imaginarium, em que os nossos compatriotas da lingua portuguesa poderão ser tratados como tal, como tal. Aí serão recebidos de braços abertos e enxada na mão, picareta, colete reflector e martelo pneumático. Grupos de cinco ou mais elementos receberão um carrinho de mão e três sacos de areia. Cada cidadão terá direito gratuitamente a um bloco de recibos verdes e um pontapé no rabo. Todos os estudantes, mas todos os estudantes mesmo... terão direito a trabalhar ilegalmente em part-time para pagar os seus estudos já que as bolsas dos seus governos não chegam a tempo (quando chegam) e a acção social Portuguesa é só para Portugueses. Sempre que solicitados os funcionários dessa porta especial (special door - para que os Moçambicanos que aderiram à commonwealth e que dentro em breve falarão todos inglês, consigam perceber que esta porta também é para eles) poderão pintar de branco os viajantes e aplicar molas terapêuticas nos respectivos narizes por forma a criar um ambiente de integração mais profícuo."
A taxa de combustível é o menos...
Contudo o verbo é apenas o objecto que pica e faz prender a atenção, pois a ele se segue toda uma sequência de tiques e acções e estereótipos confirmados. É o lugar do avião que não é intelegível. É avó que se senta a custo no minúsculo espaço do avião para segundos mais tarde ter de se levantar para deixar passar a nora, e voltar a sentar-se para segundos mais tarde se levantar para deixar o filho passar e voltar a sentar-se para segundos mais tarde se levantar para deixar passar a nora que vai trocar com a filha porque o filho não a deixa em paz para se voltar a sentar. É o pai que passado três minutos de se sentar em definitivo se lembra que deixou a revista desportiva no saco e se levanta para o ir buscar e é interrompido pela hospedeira de bordo porque o avião vai levantar vôo. São os diálogos mantidos, à distância de três filas, entre pais e filhos. São os olhares sequiosos para o carrinho da comida e da bebida e os comentários sempre elevados à qualidade das mesmas. São os açambarcamentos a tudo o que é miniatura e se pode levar no bolso ...
E é a filha que se pendura no banco da frente para se poder levantar e gritar à mãe "Tens lenços?"
E é a viagem que decorre com idas frequentes à casa de banho e cadeiras a baixar e a levantar e gritinhos histéricos sempre que o avião sacode ou inclina!
O preparativo da aterragem passa sempre pelo Pai a pedir à última da hora mais uma cerveja mini e o atafulhar dos jornais e revistas e prendas compradas ao triplo do preço no duty free do avião (para que o resto da populaça visse aquele Pai de familia usar o seu cartão Visa-só-pago-pro-ano-junto-com-o-empréstimo-do-carro-e-da-casa-e-do-portátil-do-míudo) na bolsa da cadeira da frente.
Quando finalmente o avião aterra, as espontâneas e pegajosas palmas de satisfação, não se sabe muito bem porquê mas que julgo serem ainda um reflexo espasmódico de quem nunca saíu das berças e simplesmente está feliz que o avião não se tenha incendiado depois de chocar com o depósito da Petrogal. Ainda o avião não parou já estão a arrancar os cintos de segurança e a tirar todas as malas e malinhas e sacolas e térmos e garrafões de vinho e cestinhas em verga para fora, para que possam esperar longos minutos de pé e acotovelarem-se uns aos outros.
Correm literalmente para os carrinhos das malas e fazem fila na saída da fita por onde as malas desfilam e esperam como esfomeados na fila para o pão. Arrebanham aos poucos as malas e maletas, com o puto ranhoso a perguntar a cada mala que passa se "aquela é?". Finalmente empilham tudo sem nunca deixarem de esbarrar com outros e lá saem porta fora.
Fim? nem por isso: à saída ainda é preciso circundá-los (quando a vontade era circuncidá-los sem anestesia) porque resolvem parar a meio da passagem para cumprimentar freneticamente os familiares que não viam há dez dias. E são sempre muitos, com crianças de colo e crianças corredoras daquelas que gritam e destroem partes do aeroporto.
E nesta fase ainda não pus os pés em Portugal e já me apetece fugir! Mas fugir para onde?
terça-feira, outubro 11, 2005
Quem pensa em emigrar diga EU!
As conciências não se acordam, formam-se! O sistema montado vive do totalitarismo da estupidez (o pior dos totalitarismos).
O Português médio tem as vistas curtas: só vê a autoestrada à porta de casa, ou o passeio à soleira da porta, ou o esgoto lá trás no quintal ou o trânsito caótico e os prédios gigantes sinónimo de progresso (porque é essa ideia que lhe entra pela casa adentro todos os dias)! Como o Português médio, também o político médio tem as vistas curtas, como tal, cada povo tem o que merece! O povo não percebe que para ser quem mais ordena tem de saber escolher, e não há nada mais exigente do que escolher!
Quem pensa em emigrar diga EU!
segunda-feira, outubro 10, 2005
Urnas - III
Mudo de canal... para ver que afinal o discurso do Major não tinha sido interrompido.
Urnas - II
Centro cultural e recreativo Zé da Micha
Urnas - I
Daí que o zap de ontem pelos três canais de televisão me tenha deixado espantado e também indignado.
Achei mal que apenas a SIC (it makes me sick!) tenha feito a cobertura em directo do discurso de derrota da candidata do PS a Sintra. Pela primeira vez num acto digno de respeito pelas minorias o PS apresenta alguém surdo-mudo à presidência da Câmara, penso que tal acto louvável deveria ter tido um impacto mais mediático (leia-se merdiático). Mais ainda, quando vejo uma das figuras de proa do PS (muito embora a direcção do PS o queira, há muito, atirar borda fora), Joãozito Soares, a fazer, de uma forma profundamente altruísta, a tradução para Português oral. Sim, senhor, o primeiro sinal de algo está a mudar. Por momentos ainda pensei que fosse o contrário ... que fosse o Joãozito o candidato, ... mas como não vi no discurso em linguagem gestual o sinal de "vai-te embora ó cromo!" percebi que a realidade era diversa!
Pena ter perdido, falava de olhos nas câmaras, pausadamente e com gestos claros e perceptíveis...
Talvez daqui por quatro anos... Mas dessa vez arranjem um tradutor para Português oral mais competente.
sexta-feira, outubro 07, 2005
Será?
Hum... será que isto tem a ver com o facto de o 25 de Dezembro e o 1 de Janeiro serem a um Domingo?!
aEioU
Ingmar, se me lês (para além de significar que estás vivo e os óculos ainda te corrigem a necessidade refractiva), podes usar isto como argumento do teu próximo filme! .... Mais um ataque de Ego! Já não há nada a fazer! Calar-me-ei!
Num derradeiro esforço de contenção vou aqui colocar outras vidas, desta feita no feminino, o feminino, sempre o feminino, duas guerras mundiais e o comando da televisão! patsy; izzolda; worm; marialua
quinta-feira, outubro 06, 2005
Eunemtodososdias - I
"Eu nem sei..."
500 000 pessoas candidatas a alguma coisa! Uma pessoa em cada vinte neste país está interessada em representar as outras dezanove, ou seja a sua própria família! E enquanto cada um puxa para o seu lado, o país mantém-se num precioso e "orgulhoso" stand still.
Em cartazes espalhados aqui pela cidade descubro que uma das candidatas à autarquia de uma das listas é uma fervorosa adepta das minhas palestras! Fico contente por andar a "formar" futuros políticos... Pode ser que aprendam alguma coisa. Por vezes penso.. eles (políticos) são pessoas como as outras... Mas depois ouço os discursos gravados que eles proferem no fim dos debates televisivos e quase consigo ouvir o eco no poço da vacuidade... Como é que ele conseguem? Terão uma base de dados com discursos de 30 segundos, um minuto, três minutos, cinco minutos, com o fim de estarem preparados para qualquer formato televisivo?
Tanto paleio, tão pouca acção!
E os Egos: o Telmito resolve falar no Paulinho e propô-lo para Presidente, chama a si protagonismo porque a mulher lhe disse que ele não fazia nenhum e que o seu lugar na sucessão na presidência do partido que do taxí passou para belém e saíu de metro estava em risco! É claro que o Josélito R&C pôs-lhe logo o dedo no nariz...
Ai Eça volta... a falta que nos fazes... por cá só temos a Margarida Rebelo Pinto que um belo dia, lá porque se divorciou e diz palavrões e tem uma postura de subir na horizontal, resolveu começar a vender disparatadamente...
(Ok Ok temos muitos e bons escritores... foi só para introduzir aqui um pequeno ódio de estimação)
A ler: "Uma campanha alegre" . Eça de Queiróz