Ministério do C4 e obras sociais?

Fiquei em estado semi-catatónico quando soube que o Hamas tinha ganho as eleições (por momentos ainda pensei que as presidenciais em Portugal). Na minha mente binomial (maus, bons e o termo cruzado: nem maus nem inocentes) eles são os maus dos maus, mas para minha felicidade logo ouvi o Miguelito (Portas) dizer que " o Hamas é uma realidade complexa de coesão social, que não pode ser vista apenas como uma organização terrorista, blá blá blá blá". Pois a partir daqui fiquei muito mais sossegado, e logo no dia seguinte comecei a ver a coesão social que tanto hamas como fatah implementam na palestina. Coesão aqui, bomba ali, metralhadas acolá, o dia a dia absolutmente regular. E depois pensei: "bolas, que raio de povo para escolher aqueles tipos para os governar..." mas a questão é bem mais profunda e lá tive de fazer um produto de binómios para elaborar o meu raciocínio... o governo da Fatah era corrupto, incompetente e incapaz de controlar as facções extremistas... assim o povo escolhe alguêm que ainda não tem provas de ser corrupto e incompetente e que se consegue controlar a si próprio (até ver)... não está mal visto, não senhor. Ainda pensei: "Então escolhem terroristas acéfalos para os governar??" Mas depois lembrei-me da eleição de Bush filho nos EUA e calei os meus pensamentos.
Se há coisa que sempre me incomoda nas imagens que vêm daquelas bandas, são as manifestações: são sempre aos milhões, sempre aos gritos e sempre descocupados... aquela malta não tem nada para fazer? estilo trabalhar? Não por cá ao menos ficamos dentro de casa a fingir que trabalhamos enquanto passamos a vida no bar a falar da bola. E já agora: para quando o anúncio do governo palestiniano?