segunda-feira, janeiro 30, 2006

Não há paciência para o jornalismo Português - III

50 minutos durou o jornal da noite da SIC de domingo. 28 minutos foram ocupados com neve, 28 miunutos, quase tantos quanto de facto durou o nevão na maior parte das terras, terrinhas e terreolas deste imenso país que fecha a sua autoestrada principal por causa de um nevão (que tristes devem ser os países europeus que têm de fechar as suas autoestradas principais sempre que neva, i.e. todos os dias durante o inverno). 28 minutos para dizer apenas o seguinte: "Portugal branco a sul do Mondego. Grande nevão surpreende as pessoas. E agora as outras notícias.". Terá sido porque o benfica perdeu? Terá sido porque quiseram mostrar aos idiotas que tiveram a ideia estúpida de fabricar um nevão artificial no marquês de Pombal em Lisboa, por alturas do Natal? Peguem lá agora, em força e de graça! No meio de toda a redundante reportagem de mais do mesmo, pelas mesmas palavras e com as mesmas imagens, surge a grande entrevista a uma crianças de três anos, talvez a que melhor respondeu às perguntas vazias do jornalista e que à ignorante questão sobre a côr da neve, hesita perante a estupidez da pergunta e responde com a surpresa de quem está pela primeira vez em contacto com alguém que apesar do óbvio insiste em colocar a questão: "É branca!"

5 comentários:

Eb1Eng.ºDuarte Pacheco disse...

Neve em Lisboa...Benfica humilhado na Luz sabado à noite...Estaremos proximos do fim do mundo???

eutodososdias disse...

Também pensei nisso mas quando ouvi que 25 presumiveis adeptos portistas fizeram uma espera ao seu treinador chegando a vias de facto, percebi que está tudo normal! Foi apenas uma frente fria e o penteado idiota do Ricardo!

Eb1Eng.ºDuarte Pacheco disse...

Afinal Deus não dorme em serviço!!:)

Anónimo disse...

Tem piada eu fiz o mesmo comentário sobre aquela pergunta e o ar incrédulo da criança a tão idiota pergunta. Santa paciência

eutodososdias disse...

é triste a forma como as pessoas estupidificam as crianças, limitando-as com as suas (das pessoas)próprias incapacidades