Depois de querer ser médico, cientista, caixa no Continente, depois de muito pensar cheguei a uma interessante e sábia conclusão: quando for grande quero ser um inútil!
Senão vejamos: um inútil nato gera pena e proteccionismo logo torna-se fácil encontrar emprego. Depois de ter um emprego, como inútil que é, vai fazer muito pouco e o pouco que faz, faz mal. Para que não faça muita coisa mal, alguém terá de fazer bem as coisas que ele faz mal, ficando progressivamente o inútil sem nada para fazer. Mais, quando há coisas novas para fazer ninguém vai pedir ao inútil que as faça sob pena de terem de ser feitas de novo por alguém competente. Assim o inútil vive feliz e contente até ao dia em que é promovido... sim sim! Num país onde a maior parte das cúpulas é habitada por inúteis, estes só se vão rodear de fulanos ainda mais inúteis para que possam manter o seu poleiro não ameaçado! O tempo passa e o inútil vai subindo!
Num país onde o tempo de casa é um posto, o inútil, inevitávelmente chegará ao topo. Agora com ainda mais poder poderá mandar à vontade, lançando propósitos descabidos e inúteis baseados em toda a experiência que adquiriu ao longo dos seus longos anos de inutilidade. A sua conduta do não fazer, fazer mal e não deixar fazer bem, expandir-se-á até aos limites do seu feudo. Acabará os dias promovendo fulanos ainda mais inúteis e nomeando um sucessor que prime pela incompetência!
Jovem, se tens mais de 18 anos e o nôno ano de escolaridade, sê inútil! Procura, na tua escola, família, bairro, repartição pública mais próxima, um inútil e alista-te! Terás um futuro promissor!
2 comentários:
Completamente de acordo caro astro! Mas e então os inúteis de eras pré-televisão?
Estudo estatístico necessita-se! Nº de inúteis vs Nº de horas de televisão.
E eu que só quis ser talhante!!
Enviar um comentário